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FRONT FISCAL CONTINUA DERRUBANDO
Os problemas no front fiscal seguem derrubando os mercados. No Senado, são complicadas as negociações em torno da PEC dos precatórios. Por estes dias, o anúncio do presidente que devem usar a sobre de recursos para reajustar salários dos servidores, azedou de vez o humor dos mercados. Caímos então no labirinto e não conseguimos sair dele. São sempre os mesmos problemas políticos, com decisões temperadas pela urgência do momento e o oportunismo político eleitoral de sempre. Uma observação é de que quanto mais se arrastam as negociações no Senado mais crescem as possibilidades de soluções pouco ortodoxas.
Neste cenário de incerteza política e viés populista eleitoral, o mercado “sente o tranco”. Na quarta-feira mergulhou no menor patamar em um ano. Ao fim do dia, o índice paulistano marcou 102.948 pontos, em queda de 1,39%. E esta aversão ao risco não se limitou às ações. No mercado futuro de juro o dia foi de estresse, com elevação das taxas nas três pontas, e o dólar, na máxima nos R$ 5,53, para, ao fim do dia, se acomodar em R$ 5,5242 (+0,45%).
No mundo, as novidades não são menos preocupantes. Inflação ascendente e mais uma onda de pandemia preocupam. Na quarta, a inflação no Reino Unido e na União Europeia bateu todos os recordes em uma década. Nos EUA, o democrata Joe Biden pede investigações sobre as empresas de petróleo, o que derrubou no dia a cotação do barril. Soma-se a isso, o imbróglio na nomeação do comando do Fed segue na ordem do dia. A diretora Lael Brainard é a favorita para substituir Jerome Powell, embora muitos ainda acreditem na sua continuidade.