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Tensões externas refluem, mas Copom deve adotar postura cautelosa
Desde meados da semana passada os mercados globais vêm atravessando um período de alívio, associado, em boa medida, a um refluxo (parcial) de incertezas quanto à condução da política monetária nos EUA. O primeiro catalisador do alívio foi o próprio desfecho da reunião de política monetária do FED. Apesar das preocupações com a “falta de progresso” com a inflação, o presidente do FED, Jerome Powell, afirmou considerar que a política monetária vem exercendo efeito restritivo sobre a demanda, descartando a possibilidade de que a curto prazo a autoridade monetária venha a tornar a elevar sua taxa básica de juros.
O alívio nos mercados globais se consolidou depois que a divulgação de diversos indicadores do mercado de trabalho apontou moderação na criação de vagas formais, ligeira alta na taxa desemprego e descompressão dos ganhos salariais – sinais de distensão que devem ajudar a conter pressões inflacionárias. O refluxo recente de tensões externas, que vem se refletindo em descompressão da cotação cambial doméstica, sugere que um corte de 50 pontos-base na taxa básica Selic nesta 4ª-feira, dia 08, ainda é possível.
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