Summary Report
Riscos ensaiam refluxo auspicioso, mas incerteza segue elevada
Ao longo dos primeiros meses de 2024, os mercados financeiros globais sofreram oscilações relevantes associadas, sobretudo, às perspectivas para a evolução da política monetária dos EUA. No começo do ano, diante da rápida desinflação observada em 2023, os contratos futuros chegaram a precificar probabilidade preponderante de que o primeiro corte de juros seria promovido pelo FED já em março. Mas a evolução da conjuntura norte-americana ao longo dos últimos meses tem levado os mercados, assim como a LCA, a adiarem para setembro o horizonte previsto para a flexibilização monetária do FED.
No Brasil, passamos a avaliar que, ao menos por ora, o deslocamento da política monetária para um nível considerado neutro não será possível, em parte por causa dessa maior incerteza no ambiente internacional. Mas fatores internos também contribuíram para a reavaliação da trajetória da Selic, incluindo: a baixa ociosidade no mercado de trabalho; a resiliência do consumo e da inflação de serviços; e a piora na percepção fiscal. A revisão da meta de resultado primário de 2025 em diante, em particular, foi vista como indício de menor comprometimento do governo com o reequilíbrio das contas públicas e de erosão do novo arcabouço fiscal.
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