Bom dia!
Futuros americanos se recuperam depois da queda de ontem.
Fonte: Refinitiv/Bloomberg
Parece cada vez maior a possibilidade da saída do Reino Unido da EU sem acordo comercial, uma vez que as diferenças entre os dois lados é significativa. O prazo para um acordo comercial é 31 de dezembro, quando termina o período de transição do Brexit, e comercio com a EU será sujeito a tarifas. O cerne da questão é a Irlanda do Norte. O “Good Friday Agreement” (que selou o processo de paz na Irlanda), prevê uma fronteira invisível entre o sul e norte. No entanto, ele é inconsistente com a demanda do Reino Unido de que o fluxo comercial entre a Grã Bretanha e a Irlanda do Norte não tenha qualquer interferência da EU.
Um outro problema geopolítico na Europa são as tensões entre Grécia e Turquia, que tem realizado atividades de exploração de gás em águas disputadas pelos dois países. Grécia vem pressionando a EU por sanções a Turquia, e Chipre não assinará sanções a autoridades de Belarus caso a EU ano faça algo a respeito da disputa.
Empresas estão sendo encorajadas a anteciparem suas captações planejadas para os próximos meses, em uma evidência de que a eleição americana trará turbulências.
No ultimo Eye On the World, Ben Laidler analisa as oportunidades oferecidas com a correção recente do Nasdaq. Ele destaca as empresas cujas revisões de EPS superaram a performance das ações no ano. Das 10 melhores empresas por esse critério, 3 são non-tech: Biomarin, Vertex e Walgreens. Entre as empresas de tech, se destacam Zoom e alguns fabricantes de microprocessadores.
Mais uma vez gostaria de chamar atenção para o “reopening trade” cunhado pelo Ben Laidler.
Fonte: Bloomberg
A linha branca mostra a performance relativa de hotéis e cruzeiros em relação a tech. Um dos motivos é que cada vez mais o mercado acredita na imunidade de rebanho, o que explica inclusive a reação tímida a suspensão dos testes com a vacina da AstraZeneca como falamos ontem.
Como bem coloca John Authers, se o vírus tem um comportamento previsível…
Fonte: Bloomberg
… os lockdowns poderiam em tese ter sido evitados. Mas não é isso que mostra a comparação entre os óbitos da Suécia e a soma de Noruega e Dinamarca.
Fonte: Bloomberg
Continuamos com a opinião de que o grande risco a ser monitorado é a instabilidade política e até mesmo tensões sociais em função da eleição americana. Isso é particularmente crítico em um momento em que a China tenta se impor como potência. Na nossa opinião, nem de longe o mercado precifica as consequências de uma eventual crise institucional nos EUA.
Keep dancing, but please stay close to the door.
Good luck trading!
Roberto Attuch Jr.
CNPI EM 096
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