Resumo do Relatório
Confiança e precaução
O comunicado do FOMC, as suas novas projeções para a economia e as palavras de Jerome Powell na entrevista concedida após a reunião do Comitê de Política Monetária nesta quarta-feira vieram aproximadamente em linha com o esperado e refletem uma mescla de confiança e precaução por parte da autoridade monetária dos EUA. De um lado, o FED mostra renovada confiança em conseguir levar a inflação de volta para a meta sem causar relevante deterioração da economia e do mercado de trabalho — segundo suas novas projeções, a economia crescerá mais rapidamente em 2024 e o desemprego permanecerá em nível baixo, mas isso não impedirá a continuidade da desaceleração paulatina da inflação e a redução da taxa básica de juros em 75pb neste ano, como indicado originalmente na reunião do FOMC em dezembro — a despeito das surpresas ocorridas nos últimos meses.
Por aqui, a decisão do COPOM tampouco trouxe surpresas, e também refletiu uma mescla de confiança e precaução por parte do Banco Central. Ao manter suas projeções para a inflação em 2024 e 2025 inalteradas, e assim indicar a continuidade do ciclo de cortes da taxa Selic, o Comitê mostrou confiança na continuidade da desaceleração da inflação, a despeito dos números mais preocupantes relativos à inflação de serviços e dos dados surpreendentemente fortes da atividade em janeiro.
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