Resumo do Relatório
Cenários e precificação dos juros futuros de curto prazo – 28/05/2021
A curva de juros de deslocou para baixo ao longo da última semana. Contribuíram para isso a divulgação do IPCA-15 abaixo das expectativas, os números mais fracos do mercado de trabalho, o elevado superávit fiscal de abril, a apreciação do real e o recuo das taxas das treasuries. Destaque-se ainda a revisão, pelo Tesouro, do Plano Anual de Financiamento (PAF), que sinalizou maior emissão, nas ofertas públicas até o final do ano, de LFT e NTN-B em contraposição a uma menor oferta de títulos prefixados. Com base nos preços de ajuste de 28/05, o mercado de DI futuro precificava alta de 77 bps da taxa básica de juros para a reunião de junho, com a meta Selic situando-se em 6,5% no fechamento de 2021 e em 7,75% no fim do 1º semestre de 2022 e entre 8,25% e 8,50% no final de 2022. Trata-se de uma trajetória bem acima da mediana observada na pesquisa Focus com os economistas de cerca de 140 instituições. Adicionalmente, representaria uma normalização total da política monetária já em 2021 e uma taxa Selic contracionista a partir do próximo ano.
O objetivo deste relatório é apresentar simulações para a precificação da curva de juros de curto prazo (até o vencimento julho/22) sob diversos cenários para a trajetória da taxa Selic ao longo de 2021. Utilizando os preços de 28/05 como base, são calculados, para cada vértice (outubro/21, janeiro/22 e julho/22), o que seria o CDI acumulado anualizado do período (“CDI estimado”), comparando-os aos respectivos vencimentos de DI futuro. Assim, buscam-se identificar ganhos ou perdas potenciais de posições na curva de juros futuros (admitindo-se prêmio de risco nulo).