Resumo do Relatório
Riscos ensaiam refluxo, mas incertezas ainda são relevantes
O cenário político nos EUA tem vindo, em boa medida, em linha com nossas expectativas: Biden venceu as
eleições, mas os democratas não deverão ter maioria no Senado; Trump contestou o resultado, mas vem sendo
pressionado a reconhecer a derrota; e as negociações pela renovação de estímulos fiscais seguem suspensas. Conforme antecipávamos, a vitória de Biden tem sido benéfica para os mercados emergentes: a aversão ao
risco refluiu, o dólar perdeu um pouco de força, e os preços das commodities continuaram a se recuperar. Por
outro lado, surpreende que os mercados globais não tenham reagido negativamente à contestação de Trump.
A melhora de humor nos mercados globais se refletiu em relevante descompressão da cotação cambial no
Brasil, como antecipávamos. Mas os desenvolvimentos políticos e sanitários são fatores que tendem a influenciar também o ambiente macroeconômico doméstico no curto prazo.
A evolução do ambiente político será crucial para o enfrentamento de vários desafios: evitar uma perda de
credibilidade fiscal; viabilizar um reforço das transferências de renda em 2021; evitar um isolamento diplomático do Brasil; e combater uma provável segunda onda doméstica de infecções e mortes por coronavírus.
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