Resumo do Relatório
Probabilidade de elevação da Selic já em março passa a preponderar, a despeito da piora sanitária e da fraqueza econômica
As expectativas seguem bastante positivas no ambiente internacional, amparadas pelo avanço da vacinação e pela renovação de estímulos à atividade. Esses fatores têm mitigado preocupações com o surgimento de novas variantes do coronavírus, que vem demandando o prolongamento de restrições sanitárias em diversos países. O clima global de otimismo ganhou fôlego nas últimas semanas com a divulgação de indicadores positivos de atividade, sobretudo (mas não só) nos EUA. A valorização de ações e imóveis, ao produzir um efeito-riqueza positivo, tende a contribuir para reforçar expectativas de rápido desrepresamento da demanda pós-pandemia.
No Brasil, as perspectivas parecem menos auspiciosas: a vacinação segue lenta e errática; a crise sanitária se agrava; os dados mais recentes apontam para um esfriamento da atividade; e o câmbio segue depreciado, exercendo pressão sobre a inflação e as expectativas inflacionárias. Apesar da debilidade da atividade econômica, esse conjunto de fatores reduz o raio de manobra da política monetária. A isso se somou recentemente uma piora do risco fiscal percebido pelo mercado, em função das decisões súbitas do governo de reduzir a tributação dos combustíveis e trocar o comando da Petrobras.
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