O que move a semana
Dow busca melhor mês desde 1976; FOMC e Payroll na semana
Os principais índices de ações americanos caem nesta segunda-feira, 31, com investidores à espera de FOMC nesta semana.
O Fed decide sobre a taxa de juros dos EUA na quarta-feira. O mercado espera pelo quarto aumento consecutivo de 0,75 ponto percentual. As atenções estarão voltadas também para o discurso do presidente do banco central americano, Jerome Powell, após a reunião.
Alguns participantes do mercado veem possibilidade do Fed pausar os aumentos de juros ou pelo menos mudar para uma campanha menos agressiva na elevação da taxa, o que ajudou a sustentar a alta recente das ações.
Nesta linha, o estrategista global e contribuidor da OHM Research Barry Knapp, espera por uma perspectiva equilibrada de Powell durante sua coletiva de imprensa na quarta, o que poderia apoiar um movimento positivo das ações (veja aqui seu último relatório).
No mês, o Dow Jones caminha para fechar em alta de mais de 14%, no que seria seu melhor mês desde 1976. O S&P 500 marca alta superior a 8% e o Nasdaq, acima de 4%.
“O mercado conseguiu subir bem apesar da safra de resultados turbulenta. O grande teste da semana é o Fed”, comenta Roberto Attuch, CEO e fundador da OHM Research, no WakeUpCall de hoje.
Os ganhos de outubro vieram apesar de uma temporada mista de resultados no terceiro trimestre, que mostrou desaceleração do crescimento e algumas decepções de gigantes da tecnologia, como Meta Platforms e Amazon.
Na semana, os investidores ficarão de olho também na divulgação do relatório de emprego dos EUA, o Payroll, previsto para sexta-feira.
OHM na mídia
Em entrevista à rede americana CNBC, o estrategista global Barry Knapp, contribuidor da OHM Research, comentou suas expectativas para o FOMC desta semana e por que avalia que o aperto monetário do Fed está piorando a crise de energia na Europa.
Confira:
Relatórios Morningstar
(Exclusivos para assinantes do plano Allocation. Saiba mais aqui.)
A Morningstar publicou relatórios sobre Exxon, Gilead, Unilever, Intel, Apple e Amazon…
Exxon eleva dividendos em 3% após resultados recordes no 3T | relatório
Superando as expectativas do mercado, a ExxonMobil divulgou lucro do terceiro trimestre novamente com aumento acentuado em relação ao ano anterior, assim como na comparação com o segundo trimestre. Embora não tenha havido nenhuma mudança no programa de recompra de ações existente de US$ 30 bilhões até 2023, a Exxon aumentou seu dividendo por ação em US$ 0,03 ou 3,4%, acima da elevação de US$ 0,01 no ano passado.
Gilead: forte 3T é bom presságio para oncologia e Biktarvy; preço justo mantido em US$ 77 | relatório
A Morningstar manteve sua estimativa de valor justo de US$ 77 para a Gilead Sciences após os fortes resultados do terceiro trimestre. Os números mostraram a força do medicamento contra HIV da empresa Biktarvy, bem como as terapias oncológicas Yescarta e Trodelvy.
Unilever: forte crescimento de vendas no 3T provavelmente não trará expansão de lucro | relatório
A Unilever relatou fortes números de crescimento de vendas no terceiro trimestre, e a administração forneceu guidance de aumento de vendas orgânicas para o ano inteiro acima de 8%. No entanto, acreditamos que o caso de investimento depende de uma possível reestruturação e uma melhoria no desempenho financeiro, que pode ocorrer quando o novo CEO for nomeado; a visibilidade da estratégia de médio prazo é muito limitada, avalia Philip Gorham.
Intel: ventos contrários do 3T devem persistir; preço justo cortado para US$ 45 | relatório
Os resultados do terceiro trimestre da Intel foram afetados negativamente pela demanda mais fraca do mercado final, pressões competitivas e problemas contínuos de execução, levando à perda ininterrupta de participação de mercado e compressão de margem.
Apesar do forte 4T, Apple não está imune aos ventos contrários macro e cambiais | relatório
A Apple divulgou resultados fiscais impressionantes no quarto trimestre, que ficaram à frente de nossas estimativas, graças à força do iPhone e do Mac. Estamos mantendo nossa estimativa de valor justo de US$ 130 e ainda vemos as ações como sobrevalorizadas, comenta o analista Abhinav Davuluri.
Pressão de curto prazo não é exclusiva da Amazon; preço justo cortado para US$ 150 | relatório
A Amazon reportou resultados decepcionantes no terceiro trimestre e forneceu aos investidores um guidance ameno para o quarto trimestre. Estamos reduzindo nossas premissas de crescimento e lucratividade e, por sua vez, nossa estimativa de valor justo, que foi cortada de US$ 192 para US$ 150 por ação. Ainda assim, não estamos prontos para jogar a toalha para a Amazon e vemos as ações como atrativas, escreve a Morningstar.
Acesse neste link as últimas publicações da Morningstar.
Visão do gringo
Estabilidade à vista? | relatório
Por Jay Pelosky
(Exclusivos para assinantes do plano Allocation. Saiba mais aqui)
2022 será um ano e tanto em muitos aspectos. Do espaço de investimento, que experimentou um dos piores anos de todos os tempos para o portfólio de 60/40 (baseado no mix de 60% em ações e 40% em renda fixa), ao espaço de política monetária, que entregou um ciclo de aperto hiperagressivo do Fed, e ao ambiente geopolítico, com a primeira invasão terrestre da Europa desde a Segunda Guerra Mundial, antes de encerrar no espaço da saúde, com lockdows por conta da Covid nas maiores cidades da China por meses, escreve o estrategista global Jay Pelosky em seu último relatório.
O que podemos esperar pela frente?
Olhando para 2023, Pelosky acredita ser válido considerar o potencial de um ano mais calmo, que permita respirar e contemplar como os ativos de risco podem reagir. “É novembro e praticamente ninguém pensou muito sobre o próximo ano. Achamos que é hora de fazê-lo”, aponta.
Os mercados já precificam o Fed
Ele aponta que sua primeira leitura sugere que 2023 pode ser um ano melhor do que muitos, se não a maioria, esperam. O sentimento é esmagadoramente pessimista, enquanto o valuation é convincente e o cenário/perspectiva econômica não é tão ruim quanto muitos temem, comenta.
“No curto prazo, esperamos que a inflação mostre sinais concretos de declínio. No longo prazo, continuamos com a visão de que não estamos voltando ao mundo pré-Covid de baixo crescimento, inflação baixa e taxas baixas”.
“Em vez disso, prevemos um mundo de alto crescimento nominal apoiado por uma falta de desequilíbrios nos setores de consumo, corporativo e bancário, juntamente com uma enorme pilha de poupança do consumidor, que amortece o risco de recessão e evita os grandes ganhos e perdas de patrimônio que muitos esperam”, escreve.
Leia a análise na íntegra abaixo:
Relatórios em destaque
Commodity Market Update – The Kuemmerle Report | relatório
Por Lukas Kuemmerle
(Conteúdo disponível a partir do plano Target. Saiba mais aqui)
O analista Lukas Kuemmerle publica seu relatório semanal com os pontos mais importantes para ficar de olho no setor de commodities.
Para ele, o superciclo das commodities não acabou, mas está pausado por enquanto, com a desaceleração econômica nos levando a uma recessão. “A destruição da demanda tornou-se visível e, portanto, levou os preços para baixo”.
Na visão do analista, os fundamentos permanecem muito otimistas, mas o cenário macro é mais importante do que os fundamentos de uma única commodity. “Um ambiente mais otimista será restabelecido assim que o momento econômico mudar, o que, em nossa opinião, será no segundo trimestre de 2023”, comenta.
Tempo de crise | relatório
Por Barry Knapp
(Conteúdo disponível a partir do plano Allocation. Saiba mais aqui)
No relatório desta semana, o estrategista Barry Knapp faz uma prévia do que esperar do FOMC desta semana, que, para ele, atingiu o pico hawkish (rigoroso contra a inflação).
“Esperamos uma perspectiva equilibrada durante a coletiva de imprensa de Powell e dos discursos subsequentes, o que deve estender o ambiente propenso ao risco até o fim do ano”, comenta.
Segundo Knapp, a instabilidade financeira originada no mercado hipotecário e a volatilidade do Tesouro são uma forte razão para o Fed suavizar a trajetória de alta das taxas.
“Se o presidente Powell der uma perspectiva mais equilibrada para a política na quarta-feira, esperamos que a volatilidade seja esmagada, as hipotecas se apertem agressivamente e a curva de rendimento do Tesouro tenha um bull steepen (movimento provocado por uma queda mais rápida dos rendimentos dos títulos de curto prazo do que dos de longo prazo), avalia.
Tal cenário deve beneficiar investidores de ações, REITs de hipotecas de longo prazo, construtoras e bancos regionais, comenta o estrategista. Para investidores de renda fixa, com a inclinação da curva de juros e volatilidade reduzida, hipotecas de longo prazo devem funcionar bem no fim do ano, destaca.
Tesla tem extraordinária destruição de valor em 2022 | relatório
Por James Collins
(Conteúdo disponível a partir do plano Allocation. Saiba mais aqui)
O analista James Collins comenta sobre destruição de valor das ações da Tesla. Os papéis da companhia perderam quase meio trilhão de dólares em um ano – indo de US$ 402,86 em 1º de novembro de 2021 para a casa dos US$ 224 durante esta sessão.
Além do cenário macro desafiador para empresas de tecnologia (com as economias globais desacelerando e as taxas de juros mais altas), a Tesla não tem conseguido inovar (seu principal produto – o Modelo 3 – tem 5,5 anos de idade) e, juntamente a isso, Elon Musk tomou a decisão desastrosa de gastar US$ 44 bilhões no Twitter, o que pressionou ainda mais os papéis, comenta Collins.
Mercado de petróleo: movimentação | relatório
Por Carlos Brandt
(Relatório disponível a partir do plano Target. Saiba mais aqui.)
Ao contrário dos persistentes temores de uma recessão e estimativas de redução da demanda, o CEO da Chevron, Mike Wirth, afirmou recentemente que “a demanda global continua robusta e o consumo de produtos refinados até o momento não parece indicar que a recessão está em andamento ou que a economia está desacelerando”. Assim, os preços do Brent e WTI permanecem entre US$ 85 e US$ 95 o barril – faixa próxima a US$ 100, que foi catalogada pelo presidente Biden como prejudicial à economia mundial e, sobretudo, para os EUA, que se aproxima a eleição parlamentar de meio de mandato.
Diante disso, Washington anunciou sua decisão de continuar queimando as reservas estratégicas e só reabastecê-las quando o petróleo atingir entre US$ 67 e 72, algo incerto, escreve Carlos Brandt.
Apesar dos EUA terem se tornado um extraordinário exportador de petróleo bruto e produtos refinados, com vendas na ordem dos 6,4 MMBD e 5 MMBD, respetivamente, o país mantém seu estatuto de importador por não conseguir ser autossuficiente. Por isso, o presidente democrata instou às petroleiras a aumentarem a exploração e o refino, em mais uma tentativa de convencê-las a colaborar na luta para baixar os preços e cobrir a demanda interna. Chegou até a ser posta na mesa a proibição da exportação de derivados, medida que suscitou algumas críticas, escreve Brandt.
Análise do Bitcoin e Ethereum: gráficos semanal, diário e de 4 horas | vídeo
Por Bruno Lazzarato
(Conteúdo disponível a partir do plano Investor. Saiba mais aqui.)
O analista Bruno Lazzarato avalia os gráficos do Bitcoin e Ethereum e possíveis ativos para entrar em sua carteira semanal de criptomoedas.
Cripto Wrap Up – 28/10/2022 | relatório
Por Rodrigo Borges
(Conteúdo disponível a partir do plano Investor. Saiba mais aqui.)
O programa semanal Cripto Wrap Up recebe nesta edição Rodrigo Ambrissi, editor e influenciador de criptomoedas. A conversa é conduzida pelo nosso time de especialistas Rodrigo Borges, Bruno Lazzarato e Pedro Rafael Loureiro. Confira:
Nossas Carteiras
Carteira Semanal de Criptos OHM | relatório
(Portfólio completo disponível a partir do plano Investor. Saiba mais aqui).
O analista Bruno Lazzarato publicou sua carteira gráfica semanal de criptomoedas, composta por cinco ativos.
Carteira Semanal Agile Profit Gain | relatório
(Portfólio completo disponível a partir do plano Investor. Saiba mais aqui).
A Agile publicou sua carteira recomendada com duas alterações para a semana.
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