Resumo do Relatório
Retiramos o viés de baixa de nossas projeções para as principais economias, incluindo o Brasil, mas riscos para o cenário base seguem significativos
O PIB dos EUA sofreu uma contração anualizada de 32,9% na passagem do 1º para o 2º trimestre, descontados os efeitos sazonais – resultado que veio próximo à nossa projeção (contração anualizada de 35%).
Já o PIB da Zona do Euro, que apresentou contração interanual de 15% no 2º trimestre, veio um pouco pior do que projetávamos – sobretudo pelo decepcionante desempenho da economia alemã.
Nossas projeções para a economia dos EUA não sofreram alterações, ao passo que, para a Zona do Euro, promovemos ajustes moderados – para baixo na projeção de 2020; e para cima na projeção de 2021.
Os resultados econômicos recentes, ao terem vindo, grosso modo, em linha com nossas projeções, nos levaram a retirar o viés de baixa que vínhamos mantendo em nossas projeções para as principais economias.
Não obstante, persistem vários fatores de incerteza que ameaçam a velocidade da recuperação econômica global, associados sobretudo à própria pandemia, à renovação das ações de socorro e a riscos políticos.
No Brasil, os números recentes também vieram ao encontro de nossas projeções algo menos negativas para o desempenho da economia doméstica.
A melhora da atividade interna, num contexto em que o câmbio salgado tem exercido pressão de custos em estágios iniciais da cadeia produtiva, poderia levar o Banco Central a interromper a flexibilização monetária.
No entanto, o cenário para o cumprimento das metas de inflação permanece bastante confortável no horizonte de ação da política monetária – o que deverá prevalecer na decisão do Copom desta semana.
Avaliamos que a Selic será reduzida para 2% ao ano nesta 4ª-feira (dia 05), mas não é desprezível a chance de que o Copom seja mais cauteloso, optando por interromper desde já o ciclo de flexibilização monetária
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