Resumo do Relatório
Os próximos passos da política monetária
O Copom confirmou as expectativas dos participantes do mercado ao decidir, de forma unânime, interromper o ciclo de baixa da taxa Selic. Com base nos cenários de referência e alternativo, a expectativa agora é que a taxa básica de juros se manterá em 10,5% por algum tempo. As perguntas que permanecem são: O Copom poderá retomar o ciclo de baixa da Selic? Em caso de resposta positiva, quando isso ocorreria? E qual será a extensão desse movimento adicional? Avaliamos que a resposta à primeira pergunta é “sim”; que a retomada da flexibilização ocorrerá no primeiro semestre de 2025; e que a taxa final será de 9,75% ao ano.
O primeiro fator que permitirá o recuo da Selic será o quadro externo. Nosso cenário prevê que, no segundo semestre deste ano, ocorrerá um movimento sincronizado de flexibilização da política monetária nas principais economias mundiais. O BCE já deu o pontapé inicial na redução do juro recentemente e deve avançar nesse processo em setembro. O Banco da Inglaterra tem boas chances de promover o primeiro corte dos juros na sua reunião de agosto, após a convergência da inflação à meta. Finalmente, existem boas chances de o FED se juntar a este grupo. Nosso cenário prevê que o banco central americano poderá começar a reduzir o juro lentamente, possivelmente a partir de setembro ou novembro, e manter essa trajetória nos dois anos seguintes. Esse movimento externo certamente terá impactos positivos na percepção de risco das economias emergentes e pode gerar uma descompressão relevante sobre a taxa de câmbio doméstica no final deste ano e início de 2025. Em suma, o ambiente externo ficará menos desafiador.
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