No mundo e no Brasil, o fôlego da recuperação econômica segue ameaçado pelos riscos sanitários

No mundo e no Brasil, o fôlego da recuperação econômica segue ameaçado pelos riscos sanitários

As principais economias mundiais encerraram o primeiro semestre do ano procurando balancear o controle da pandemia com a reabertura de atividades econômicas.

Os rastreadores de mobilidade sugerem que, em nível global, o movimento em estabelecimentos comerciais apresentou gradativo aumento em maio-junho, mas iniciou julho ainda abaixo do usual e ameaçando piorar.

A redução recente do movimento nos estabelecimentos está, em boa medida, associada ao recrudescimento de infecções e à imposição de novas restrições sanitárias em muitas economias, sobretudo nos EUA.

Essas ondas secundárias de infecção têm colocado em xeque a reabertura de atividades (principalmente, mas não só, nos EUA) e nos levam a preservar o viés de baixa em nossas projeções para a economia mundial.

Ademais, persistem riscos de que os estímulos fiscais adotados pelas autoridades mundiais esvaneçam antes que as principais economias tenham recuperado musculatura para engrenar uma recuperação consistente.

No Brasil, os indicadores econômicos têm trazido resultados contrastantes: a produção industrial e o comércio vêm mostrando recuperação mais célere, ao passo que o desempenho do setor de serviços tem decepcionado.

As projeções de mercado para a economia brasileira têm sido ligeiramente revistas para melhor nas últimas semanas e vêm se aproximando das projeções menos negativas contempladas em nosso cenário base.

Mas, também aqui, o risco de reinfecção pelo coronavírus vem colocando em xeque a reabertura econômica – de modo que nossas projeções para a economia doméstica também permanecem em viés de baixa.