Resumo do Relatório
Cenários e precificação dos juros futuros de curto prazo – 16/04/2021
Após a reunião do Copom em 17/03, a curva de juros se deslocou para cima. Ao longo dos últimos dias, porém, houve certa descompressão dos prêmios. Para tal, contribuíram o cenário externo mais favorável, o recuo da taxa de câmbio para um patamar um pouco abaixo de R$ 5,60, o aumento da percepção que a curva de juros já incorporava prêmios de risco não desprezíveis, a posição técnica mais favorável (após a redução de posições alavancadas no mercado de juros futuros), a manutenção do discurso do BC de ajuste de 75 bps no próximo Copom, a desaceleração da inflação nas coletas de preços e o esvaziamento da alternativa de decretação de estado de calamidade (o que seria bem negativo para as contas públicas). Apesar do fechamento da curva de juros, há ainda alguma “gordura” a ser queimada. O DI futuro janeiro/22 incorporava uma taxa Selic de 6,25% no fim de 2021, ou seja, muito próxima à taxa neutra. O objetivo deste relatório é apresentar simulações para a precificação da curva de juros de curto prazo (até o vencimento janeiro/22) sob diversos cenários para a trajetória da taxa Selic ao longo de 2021.
Utilizando os preços de 16/04 como base, são calculados, para cada vértice (julho/21, outubro/21 e janeiro/22), o que seria o CDI acumulado anualizado do período (“CDI estimado”), comparando-os aos respectivos vencimentos de DI futuro. Assim, buscam-se identificar ganhos/perdas potenciais de posições na curva de juros futuros (admitindo-se prêmio de risco nulo).