Apple, temporada de balanços e crise de energia na Europa
As ações dos EUA fecharam em queda nesta segunda-feira, 18, após relatos de que a Appleplaneja diminuir contratações e gastos com crescimento no ano que vem para lidar com uma possível desaceleração. Os papéis da gigante de tecnologia caíram 2%.
Na semana, o mercado acompanha com atenção a temporada de balanços dos EUA. Das 40 empresas do S&P 500 que reportaram resultados até a manhã de hoje, 80% ficaram acima das expectativas, segundo dados da Refinitiv, ligeiramente abaixo da taxa de 81% dos últimos quatro trimestres.
Na terça-feira, saem os dados da Netflix (NFLX34) e Johnson & Johnson (JNJB34), enquanto, na quarta-feira, os investidores ficam de olho nos números da Tesla (TSLA34).
No Brasil, a temporada também inicia esta semana, com destaque para Weg (WEGE3), na quarta-feira.
Já na Europa, o Banco Central Europeu (BCE) decide sobre a taxa de juros na quinta. A expectativa é de elevação de 0,25 ponto percentual. Os dados de inflação ao consumidor (CPI), que serão reportados amanhã, ajudarão a calibrar as projeções para a reunião.
Ainda por lá, a interrupção para manutenção do gasoduto Nord Stream 1, que fornece gás russo aos europeus, gera preocupações.
Hoje, a Gazprom disse a clientes na Europa que não tem condições de garantir o fornecimento do insumo por circunstâncias “extraordinárias”. Os preços do petróleo dispararam mais de 5% nesta sessão.
Em lives na semana passada, Roberto Attuch, CEO da Ohmresearch, comentou sobre o assunto com Jose Chalhoub (veja aqui) e Lukas Kummerle (veja aqui), ambos contribuidores da Ohmresearch.
No trecho abaixo, Kuemmerle aponta suas perspectivas para os preços do petróleo no médio e longo prazo:
Relatórios Morningstar (Exclusivos para assinantes do plano Allocation. Saiba mais aqui.)
A Morningstar publicou relatório sobre a empresa chinesa de comércio eletrônico JD.com…
Na publicação, a analista Chelsey Tam aponta que acredita que o crescimento das vendas da companhia atingiu o patamar mais baixo em abril e deve apresentar melhora sequencial em maio e junho. Ela vê os papéis como baratos, com potencial de valorização de 67% frente ao patamar atual.
A empresa tem BDRs negociados na B3 sob o código JDCO34.
(Relatório na íntegra exclusivo para assinantes do plano Allocation. Saiba mais aqui.)
Por Barry Knapp
Em seu relatório semanal, o estrategista global Barry Knapp escreve que sua tese de pico de inflação e de expectativas de política monetária hawkish sofreram dois grandes golpes na última semana, com o CPI de julho (veja o relatório: CPI: Ouch) e o relatório de rastreador de crescimento de salários do Fed de Atlanta. “A resiliência do Tesouro e do mercado de ações inicialmente pareceu surpreendente, no entanto, o índice de preços ao produtor, os preços de importação e a pesquisa de inflação de 5 a 10 anos da Universidade de Michigan foram compensações significativamente consistentes com o dólar forte, a queda da inflação de equilíbrio e a baixa dos preços das commodities“, comenta.
Segundo ele, sua visão de que os dados não suportavam outra alta de juros de 0,75 ponto percentual foi mitigada pelo CPI. No entanto, no fim da semana, os dados acumulados também não suportavam uma elevação de 1,0 p.p., deixando intacta sua tese de pico hawkishness, apesar da amplitude e do momento de inflação de preços ao consumidor no 2T22.
Knapp aborda também sobre a reação do mercado ao balanço do JPMorgan, o primeiro grande banco a divulgar resultado nos EUA. “A reação do mercado foi exagerada: o crédito bancário não está se deteriorando, a receita líquida de juros está aumentando e as perspectivas de lucratividade para as principais operações bancárias estão melhorando devido a uma mudança favorável no mix de ativos”, afirma.
De acordo com ele, o retorno sobre o patrimônio líquido dos bancos do S&P 500 está no melhor patamar de expansão pós-crise financeira (gráfico abaixo).
Ele reforça que continua convencido de que as ações estão chegando ao fundo do poço. Knapp tem recomendação overweight em ações americanas, assim como para o setor financeiro.
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Por Jay Pelosky
O estrategista Jay Pelosky atualizou seus modelos de portfólio na última semana, revisando algumas posições técnicas.
“O quadro técnico continua fraco. No entanto, há sinais de fundo nas ações chinesas e no espaço de inovação. Papéis de crescimento estão mostrando sinais de força relativa versus o SPY, diante da queda de energia desde o pico recente”, aponta.
Ele elevou exposição em saúde, China e papéis ligados à temática clima. Por outro lado, reduziu em ativos relacionados a commodities, criptos e cannabis.
(Relatório completo disponível a partir do plano Target. Saiba mais aqui.)
Por Jose Chalhoub
O consultor em risco geopolítico Jose Chalhoub comenta o que é importante no mercado de petróleo e gás natural. Os preços do petróleo dispararam nesta sessão, em meio a notícias de que o governo chinês visa estimular o setor imobiliário, que tem forte peso na economia do país, e em dia de queda do dólar. No mercado de gás natural, as cotações saltaram 5% depois que a Gazprom alegar motivos de “força maior” para diminuir o fornecimento do insumo de pelo menos três companhias a União Europeia.
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Por Lukas Kuemmerle
O analista Lukas Kuemmerle publicou seu relatório semanal sobre o setor de commodities. Ele comenta sobre a semana decisiva na Europa, com expectativa pela retomada do funcionamento de gasoduto russo da Gazprom a partir do dia 21.
Kuemmerle destaca que tem observado alta correlação entre os fluxos de gás russo para a Europa e o movimento do euro (gráfico abaixo). “Em outras palavras, a decisão desta semana da Gazprom/Rússia sobre os embarques do Nord Stream 1 pode desencadear uma fraqueza adicional ou potencialmente, junto com um aumento esperado de juros pelo BCE, ajudar a criar um piso para a moeda”, aponta.
Na publicação, ele aborda também sobre a transição verde e o que o mercado não está vendo (ou não quer ver). O setor de commodities continua sob pressão em meio ao risco de recessão, fortalecimento do dólar e redução do apetite ao risco. Mas, como tem destacado, os problemas fundamentais de oferta ainda não foram resolvidos. “O sonho da transição verde não funcionará sem sacrifícios. Precisaremos de combustíveis fósseis por mais tempo, até que possamos eliminá-lo globalmente”, avalia.
Kuemmerle tem compra para cobre e combustíveis fósseis no longo prazo. “Eu compro grandes quedas, a menos que algo mude drasticamente, o que eu não acho que vai ocorrer, dado que as pessoas precisariam mudar de ideia sobre ESG”, diz.
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Por Martin Tixier
Além da onda de calor crescente em muitas partes do mundo, o aumento dos problemas de “energia” na Europa foi agravado pelas interrogações em torno do retorno do Nord Stream 1, atualmente em manutenção. Além disso, as tensões com os agricultores holandeses não estão diminuindo, mas, ainda mais preocupante, espalhando-se por outros países como Polônia, Itália e Espanha, escreve o estrategista Martin Tixier.
“As preocupações com a recessão continuam a deixar o mercado de ações mais lento, juntamente com uma situação de liquidez reduzida. Não é uma boa receita em geral”, comenta.
O índice Nasdaq cai 28% no ano, operando em bear market. Ambiente semelhante é visto na Europa, que também negocia em terreno baixista.
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Por Carlos Brandt
A pandemia como fenômeno disruptivo de grande magnitude trouxe consigo uma série de situações que impactaram os mercados de energia de diferentes formas, intensidades e durações, escreve Carlos Brandt. Segundo ele, a crise exacerbou em muitos casos os males que o mundo vinha sofrendo e a criação de novos, que constituem verdadeiros desafios para as nações. Sem dúvida, a energia tem sido uma das áreas em que este fenômeno teve maior impacto, juntamente com a geopolítica internacional já em mudança, imbuída do confronto EUA-China e agravada pela guerra na Eurásia, comenta.
Minerva (BEEF3) assina acordo de fornecimento de carne no Reino Unido | relatório
(Relatório completo disponível a partir do plano Investor. Saiba mais aqui.)
Por William Gonçalves
O analista William Gonçalves comenta o acordo comercial assinado pela Minerva (BEEF3), no último dia 14, para fornecimento de carne bovina com a Hilton Food Solutions, empresa localizada no Reino Unido. O acordo possibilitará à Minerva ampliar o fornecimento de carne bovina e derivados aos segmentos de food service, alimentos processados e varejo na região britânica, avalia. Ele manteve recomendação de compra para as ações, com preço-alvo de 19,00 reais, o que representa um potencial de valorização de 37% frente ao último fechamento.
(Carteira completa disponível a partir do plano Investor. Saiba mais aqui.)
Confira a atualização da carteira para esta semana. Desde sua criação, em março de 2021, acumula ganhos de 10,08%, contra queda de 12,25% do Ibovespa no mesmo período.
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